"LEMBRO-ME COM NOSTALGIA MANHÃS DE SÁBADO NA SERRA"

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(mote em decassílabo dedicado a memória do embolador de coco Pedro André, o último ícones do gênero e um dos maiores artistas que Araruna já teve)






Me remoto ao passado
No alto da Verde Serra
Da chuva, do cheiro da terra
No coração tenho guardado
Daquelas feiras no mercado
Que eu menino me encontrava
E as manhãs ali passava
Era tudo que eu queria
Lembro-me com nostalgia
Manhãs de sábado na Serra.


Emboladores de coco,
O índio e o seu remédio
Bom pra tudo até pro tédio
Que deixa qualquer um louco
Carros de som meio rouco
Com pirralhos pendurados,
Quartos de bode encarnados,
Pastéis secos na bacia
Lembro-me com nostalgia
Manhãs de sábados na Serra.


 
E pra coisa ficar boa
Lá no mercado também tinha
Picado de porco gordo embolado na farinha
E na velha “pitucilina” os negos caiam a toa
Fosse feira com sol, fosse feira na garoa
Foi num foi ali um tava falando alto e exaltado
Cujo valentão era pela polícia rebocado
Esses e outros eram fatos que marcavam esse dia
Lembro-me com nostalgia
Manhãs de sábado na Serra.



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